“Levantei para pegar o celular mas esqueci onde o deixei. Quando achei, esqueci onde deixei os óculos…”
Quero propor aqui uma conversa sobre a memória: como ela acontece, como ela se deteriora e como podemos nos unir para ajudar você a melhorar o desempenho da sua memória de forma natural, sadia e duradoura.
Antes de começarmos, peço para que você leia brevemente esse pensamento do professor e neurocientista Ivan Izquierdo sobre a “Química da Memória”.
“Temos uma tendência para gravar melhor as memórias emocionalmente mais importantes. Isso já está comprovado. Quando a memória sobre alguma emoção ou evento se forma, o organismo ativa alguns fatores neurormonais em conjunto com os fatores hormonais, por exemplo corticóides, adrenalina, entre outros. Eles atuam sobre o cérebro e mudam a ação dos neurônios que fazem a memória.
Estes fatores estimulam as enzimas que apontam para o núcleo das células que estão fazendo e organizando a memória para formar proteínas.
Quando estes fatores neurormonais e hormonais atuam estimulando as enzimas, forma-se melhor as proteínas e a memória se dá, digamos, mais plena, com mais qualidade…”
A citação do Izquierdo mostra que precisamos cuidar dessas proteínas que acabam sendo responsáveis pela “saúde” da nossa memória.
E esse é um dos nossos desafios aqui.
Uma recente pesquisa publicada pela Revista Exame e realizada pelo Infojobs HR Tech revela que 86% dos colaboradores mudariam de emprego pelo fator “saúde mental” ou por questões relacionadas a isso como o stress, a ansiedade, a angústia, enfim, por questões que impactam a nossa memória. (Dê uma olhada no link abaixo!)
O primeiro passo é pensar sobre isso e tratar o Stress e suas causas.
Ele interfere diretamente na nossa saúde mental.
O Stress, que muitas vezes é causado por um desequilíbrio na vida profissional, social ou financeira, muda a química do nosso cérebro – aquilo que lemos no texto do Ivan Izquierdo sobre fatores hormonais e neurormonais.
Na sequência lógica do Stress, e também componente desse processo, está a Ansiedade. Assim mesmo com “A” maiúsculo.
Ela é também responsável por tirar o nosso sono, prejudicar o nosso foco (é aí que entra a disciplina ou, por exemplo, a metodologia “Mindfulness” que abordamos em nosso tratamento), altera nosso apetite e acaba interferindo na nossa alimentação, na falta de desejo por uma rotina, por exercícios físicos, e por aí vai.
Cadê a memória? Esqueceu?
A Ansiedade, como percebemos, também prejudica nossa memória.
Mas não há motivo para desespero! A boa notícia é que cada vez mais a ciência vem descobrindo soluções tangíveis para que a gente possa resolver a questão da memória, ou, pelo menos, minimizar muito os fatores que prejudicam nossa saúde mental.
Esperamos que você tenha gostado desse artigo e continue curtindo a nossa página e os conteúdos publicados aqui.
E lembre-se: aceitamos críticas e sugestões e estamos sempre à sua disposição!
Sobre Ivan Izquierdo: médico e cientista argentino naturalizado brasileiro. Uma referência nas neurociências em todo o mundo.
